PWM: O sinal invisível que pode salvar ou destruir o sistema de injeção!

Você já parou pra pensar que aquele sinal “invisível” vindo da central pode ser o que separa um sistema eletrônico saudável de um drive queimado? Pois é, estamos falando do sinal PWM, um dos protagonistas no controle de diversos atuadores modernos, como o corpo de borboleta, VVT e o aquecedor da sonda lambda.

E o melhor de tudo: você pode diagnosticar esse sinal com o multímetro que já tem na sua oficina, sem precisar investir em equipamentos caríssimos, desde que também possua conhecimento e acesso à literatura técnica.

 

 

O PWM no controle do corpo de borboleta

O corpo de borboleta (TBI) trabalha com um sinal PWM (Pulse Width Modulation) para controlar a abertura e o fechamento da válvula de admissão de ar.
Ele recebe uma alimentação constante e um controle de largura de pulso variável, que muda de acordo com a exigência do motor.

Em resumo:

  • A frequência do PWM é fixa.

  • O ciclo de trabalho (ou “duty cycle”) muda conforme a situação: marcha lenta, aceleração, carga etc.

Mas atenção: se o TBI estiver com carbonização, travamento mecânico ou excesso de sujeira, o módulo de injeção pode remover o sinal PWM como forma de proteção.
Sistemas menos inteligentes, no entanto, continuam energizando o atuador até queimar o drive de controle e o prejuízo é certo.

PWM também está no aquecedor da sonda lambda

Outro exemplo essencial é o aquecedor da sonda lambda, do tipo PTC (Coeficiente de Temperatura Positivo).
À medida que o PWM fornece energia, o aquecedor eleva a temperatura até 300 – 350 °C, permitindo que a sonda comece a trabalhar, conduzindo íons de oxigênio e enviando leituras precisas à ECU.

Mas, se houver curto ou circuito aberto no aquecedor, o módulo também corta o sinal PWM para evitar danos.
Por isso, é fundamental medir a resistência do aquecedor e do circuito elétrico algo que você faz facilmente com o seu multímetro.

Como medir o PWM com o multímetro

Você não precisa de um osciloscópio para entender o comportamento do sinal PWM.
Basta usar a escala de frequência e ciclo de trabalho do seu multímetro automotivo.

Passo a passo básico:

  1. Coloque o multímetro na escala de frequência;

  2. Verifique se a frequência permanece constante (mesmo com variação no ciclo de trabalho);

  3. Mude a função para Duty (%) e observe o ciclo de trabalho.

Exemplo prático:

  • Motor em marcha lenta → 35% de ciclo de trabalho.

  • Motor aquecido, com carga → 40% ou mais.

Essas informações você encontra em literaturas técnicas e manuais de diagnóstico, como os manuais OSCI e Scope Truck da Simplo, que trazem valores de referência, formas de onda e grandezas elétricas.

Diagnóstico avançado não é questão de dinheiro.  É questão de conhecimento

Quando se fala em “diagnóstico avançado”, muita gente pensa que é preciso investir em equipamentos caros.
Mas a verdade é outra: o segredo não está nas ferramentas caras, mas em saber usar o que você já tem, e principalmente, ter as informações certas.

Com um bom multímetro e as referências corretas, você é capaz de:
1. Diagnosticar falhas de controle no corpo de borboleta;
2. Verificar aquecedores de sonda;
3. Avaliar sinais PWM no VVT e bomba pilotada;
4. Evitar que pequenos defeitos virem prejuízos gigantes.

Use o que você já tem, mas use com inteligência

O PWM está em todo lugar nos veículos modernos, e entendê-lo é dominar o coração da injeção eletrônica.
Seu multímetro continua sendo uma das ferramentas mais poderosas da sua oficina, desde que você saiba interpretar o que ele está te mostrando.

Dica final:
Nos manuais OSCI e Scope Truck da Simplo, você encontra todas as informações de referência, sinais e formas de onda para trabalhar com segurança mesmo sem um osciloscópio.
Com eles e o seu multímetro, você vai dar show de diagnóstico em qualquer sistema eletrônico.

Tenho uma oferta especial para você garantir o simplo na sua oficina.

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