Sensor de etanol: Como diagnosticar corretamente com osciloscópio ou multímetro

Muita gente ainda tem dúvida sobre o funcionamento e diagnóstico do sensor de etanol, principalmente nos veículos mais modernos. Diferente dos sistemas antigos, hoje em dia não é mais necessário “rodar alguns quilômetros” para que o carro reconheça o novo combustível. Com a tecnologia embarcada atual, isso ficou no passado.

Reconhecimento Imediato do Combustível

No caso de veículos como o Renegade T270, por exemplo, o sensor de etanol já informa o teor de álcool presente no combustível assim que a ignição é ligada. Ou seja, nada de esperar que a sonda lambda “queime” o combustível para que a central faça o reconhecimento via software. Isso reduz a perda de AF e melhora a eficiência da partida.

Onde o Diagnóstico Começa?


 

Tudo começa consultando o esquema elétrico do veículo. Usando o esquema elétrico  Simplo, localizando o sensor de etanol — neste caso, com sinal ligado ao pino 24 da central. É possível testar esse sinal de duas formas:

  • Com o osciloscópio, para visualizar a forma de onda e medir com precisão a frequência.
  • Com um multímetro que tenha função de frequência, para fazer um diagnóstico mais acessível, mas ainda confiável.

O Segredo Está na Frequência

O sensor de etanol envia um sinal em forma de onda quadrada, cuja frequência varia de acordo com o teor de etanol no tanque.

A grande sacada é um cálculo simples:

Valor de frequência – 50 = Teor de etanol (%)

Por exemplo, se você captar um sinal de 80 Hz:

80 – 50 = 30% de etanol no combustível

Testando com Osciloscópio

 

 

Com o canal A do osciloscópio conectado no fio de sinal do sensor (pino 24), o sinal aparece de forma clara na tela. Ao adicionar uma medida de frequência, conseguimos ver com precisão o valor:

Sinal captado: 80 Hz
Cálculo: 80 – 50 = 30% de etanol

 

Testando com Multímetro


Se não tiver um osciloscópio em mãos, você também pode usar um multímetro com função de frequência. Conectando no mesmo ponto, você verá o valor de frequência. No teste prático, capturamos novamente:

Frequência medida: 79 a 80 Hz
Cálculo: 80 – 50 = 30% de etanol

Ou seja, resultado consistente entre os dois métodos.

Confirmando com o Scanner

Para fechar o diagnóstico com chave de ouro, acessamos os parâmetros da central com um scanner automotivo. E o que vimos? Exatamente 31% de etanol no combustível, confirmando o resultado do cálculo feito pela leitura da frequência.

Diagnóstico Rápido, Eficiente e Profissional

Esse tipo de teste mostra como a eletrônica automotiva evoluiu para facilitar a vida do reparador. Hoje, com boas ferramentas de leitura e interpretação de sinal, é possível fazer diagnósticos rápidos e confiáveis — sem trocar peças desnecessariamente ou perder tempo com suposições.

Dica final: Sempre que possível, consulte o esquema elétrico, utilize equipamentos confiáveis e compare os resultados do scanner com os testes físicos. Isso aumenta sua assertividade e credibilidade na oficina.

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