Os níveis das tecnologias de condução autônoma

Atualizado em 24 de abril de 2021

O termo carro autônomo tem ganhado força no mercado automobilístico nos últimos anos. Apesar de ainda não existir nenhuma tecnologia que substitua completamente o motorista, atualmente muitas montadoras utilizam sistemas de condução semiautônomas em seus veículos.

Essas tecnologias garantem maior conforto ao motorista e aumentam a segurança de condução, e vão desde o piloto automático adaptativo, que acelera, freia e, em alguns casos, consegue fazer pequenas curvas sem a necessidade de intervenção do motorista e estacionar automaticamente o veículo.

SAE: os níveis da condução autônoma de veículos

Em virtude do fato de que muitos desses sistemas ainda está em fase de teste, a SAE (Society of Automotive Engineers) definiu regras e normas mundiais para a sua utilização. As regras são bem claras sobre até onde chegam os carros semiautônomos e onde começam os totalmente autônomos.

Essa autonomia é separada em seis níveis distintos, de SAE0 até SAE5, que se diferem com base no nível de independência de funcionamento, conforme explicados abaixo:

SAE0

Considerados sem automação, os veículos que se enquadram nesta categoria são basicamente a maioria dos veículos que rodam até hoje, e dependem totalmente da reação de um humano. Aceleração, direção, monitoramento do ambiente e etc.

SAE1

O primeiro nível de automação é definido quando existem tecnologias primárias de auxílio a condução, como o piloto automático (não adaptativo) onde o veículo só controla a aceleração e o condutor controla a frenagem e a direção. Além disso, há também os modos de condução escolhidos pelo motorista, que adaptam o motor e o câmbio a situações distintas de condução.

SAE2

Considerado como automação parcial, são as tecnologias mais comuns usadas atualmente nos veículos, como controle de cruzeiro adaptativo, assistente de saída de faixa, alerta de ponto cego e outros.

No entanto, é necessário que um humano assuma o controle da direção em casos de situações de risco ou depois de um determinado tempo de uso, para evitar que o mesmo durma ao volante e cause um acidente. Esses carros autônomos vêm equipados com câmeras, radares e sensores que fazem as leituras e mapeiam as rodovias.

SAE3

O sistema nível 3 consiste em tecnologias mais avançadas, e que estarão presentes nos carros nos próximos 3 anos. Os veículos com esse sistema poderão se movimentar de forma independente controlando a aceleração e a direção, graças a sua tecnologia monitorando do ambiente.

Apesar do motorista poder focar em outras atividades durante a condução, eventualmente será necessário que o mesmo assuma o controle do veículo. O Autopilot da montadora Tesla já consegue assumir o controle do veículo em ambientes urbanos, sendo um exemplo de automação do nível 3.

Esse sistema utiliza um conjunto avançado de sensores a laser e scanners, sensor ultrassônicos e radares para ler as condições da rodovia. Atualmente, tecnologia nova está sendo testada em campo, chamada LiDAR, que utiliza sensores de laser estáticos que consegue calcular a distância para os objetos e mapear o ambiente em torno do carro. Essa tecnologia deve aparecer em parte dos veículos até 2021.

SAE4

No nível 4 de automação a responsabilidade do motorista é mínima, pois o veículo assume todas as atividades do trajeto através dos seus sistemas avançados. Nesta etapa, o próprio sistema reage a situações de risco eminentes, proporcionando que o motorista possa até dormir durante o trajeto.

Para que isso seja possível todos os sensores, radares e câmeras são capazes de ler e interpretar dados precisos, tendo ainda a ajuda das informações que são fornecidas pelos sistemas de navegação por satélite. Neste nível de automação, o carro deverá possuir alto nível de conectividade durante todo o tempo. Este sistema é esperado para veículo após 2021.

SAE5

É o nível de automação completo. Este sistema extingue qualquer necessidade de um condutor, sendo controlado completamente pelos módulos inteligentes do veículo, tornando todos os ocupantes passageiros. Aqui temos o maior avanço tecnológico em termos de equipamentos, conectividade e compartilhamento de informações.

Vale ressaltar que algumas cidades nos EUA e Europa já estão se antecipando com projetos que visam contemplar o sistema de automação nível cinco, e pretendem começar a testá-lo a partir de 2020.

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