Aplicação da literatura técnica e do osciloscópio foi indispensável para solucionar esse caso de falha do sensor de rotação.
Neste artigo vamos apresentar um estudo de caso onde a aplicação da literatura técnica do Simplo e o osciloscópio foi fundamental para identificar a causa da falha do veículo.
Vamos lá!
Sintoma e primeiras impressões
SINTOMA: O proprietário de um Suzuki Gran Vitara 2.0 ano 2010, relata dificuldade na partida e luz de injeção acesa no painel, como mostra a figura abaixo.
Esse veículo chegou em nosso centro de diagnóstico avançado automotivo, Simcar, localizado na cidade de Eusébio no estado do Ceará.
Diagnóstico automotivo na prática
Diante da reclamação do cliente, o primeiro passo para realizar o diagnóstico foi a utilização do scanner para verificar o código de falhas presente na memória de avarias da unidade de controle do motor.
Feito isso, identificamos a presença do código de falha P0335, referente ao circuito do sensor de rotação do virabrequim, conforme a imagem abaixo.
O próximo passo foi a identificação do tipo de sensor utilizado nesse veículo.
Consultamos o esquema elétrico no Manual de Injeção Eletrônica do Simplo referente ao sistema de injeção desse veículo, como mostra a captura de tela abaixo.
Analisando o esquema elétrico, identificamos que o sensor é do tipo indutivo, restava-nos ainda identificar as particularidades do sinal.
Assim, utilizando novamente a literatura técnica a nosso favor, consultamos o Manual Osci do Simplo para visualizar a forma de onda característica desse veículo.
A figura a seguir apresenta detalhes das formas de onda de referência.
Agora com todas as informações em mãos, realizamos a captura utilizando o osciloscópio PicoScope de 4 canais.
Nesse caso, foi usado o canal A para visualizar o sinal do sensor de rotação.
A captura foi realizada diretamente no conector do módulo, inserindo a agulha no pino 51 do conector A.
Conforme a imagem a seguir.
Ao visualizar o sinal emitido pelo sensor identificamos rapidamente o motivo do disparo do código de falhas.
A aplicação errada do sensor CKP, faz com que a unidade de controle do motor não consiga identificar corretamente a identificação da rotação do motor.
O reparador que trouxe esse veículo para nosso centro de diagnóstico aplicou o sensor do motor 1.6 que também e utilizado nos modelos mais novos desse veículo, como mostra a figura abaixo.
Vale destacar que uma unidade de controle do motor que utiliza sensor de rotação indutivo tem em sua estrutura interna um componente dedicado a transformar o sinal analógico emitido pelo sensor em sinal digital antes de chegar no processador.
A figura a seguir mostra o esquema genérico do caminho percorrido pelo sinal desde o sensor até o processador.
Solução do caso
Após a substituição do sensor de rotação por um com aplicação correta, ou seja, sensor do tipo indutivo, o veículo voltou a funcionar perfeitamente.
Até a próxima!!!