O que nunca te contaram sobre a aplicação da caneta multiteste e literatura técnica no diagnóstico automotivo.

Nessa matéria, vamos falar sobre essas duas ferramentas que são poucos utilizadas na oficina.

Vou mostrar o passo a passo da utilização de cada um deles no diagnóstico do sistema de injeção eletrônica.

Fique atento às estratégias presentes nessa matéria para utilizá-las imediatamente e realizar diagnósticos incríveis.

Caneta Multiteste Digital

A primeira e mais fácil função dessa caneta é a verificação da alimentação e massa de qualquer componente do veículo.

A figura abaixo mostra como realizar essa verificação na prática.

Outro teste que pode ser realizado de forma prática com essa ferramenta é a leitura e interpretação da resposta de sensores analógicos e comparando com valores presentes na literatura técnica. Como exibe a figura a seguir.

Como seu próprio nome sugere, a caneta multiteste, além de realizar leitura de diversas grandezas, também funciona como injetor de sinal.

É bastante útil para verificar o estado do chicote elétrico do veículo bem como do componente que está sob teste. A figura abaixo apresenta a geração de sinal positivo (12,3 V) e sinal negativo (0V)

Vale destacar, que existem vários acessórios que ampliam a aplicação dessa ferramenta, por exemplo, com a utilização de um redutor 5V poderemos testar o circuito de alimentação de diversos sensores e identificar se a falha é o condutor ou o componente.

Uma das mais importantes funções dessa caneta é a leitura de frequência, que pode realizar diagnóstico tanto de sensores digitais como de sinais de controle de atuadores.

Uma aplicação prática dessa função é a verificação do sinal de controle do conjunto do atuador da EGR.

Utilizando essa mesma grandeza pode-se analisar o bom funcionamento de um sensor do tipo digital, como o sensor MAF da linha Chevrolet ONIX.

Uma grandeza que muitos reparadores não utilizam para realizar diagnósticos que está presente na caneta multiteste, é o duty cycle ou ciclo de trabalho.

Essa grandeza é muito útil no teste de atuadores controlados por sinais do tipo PWM e que mudam seu ciclo de trabalho de acordo com o regime de funcionamento do motor. A figura abaixo, mostra uma tabela de verificação da válvula de controle da pressão de combustível (MPROP), componente de importância vital para o bom funcionamento dos motores Diesel.

Uma outra aplicação da análise do duty cycle é em relação ao funcionamento dos atuadores do comando variável também conhecido como  VVT(Variable Valve Timing).

O canal amarelo que corresponde ao controle da VVT do comando de escape está com um duty cicle de 98,56%, onde deveria ter em média 41%.

Após a substituição do solenoide do lado do comando do escape o veículo voltou a funcionar perfeitamente.

E para finalizar as grandezas elétricas lidas por essa ferramenta temos a resistência elétrica.

Mas sua aplicação não se limita à leitura de valores.

Essa ferramenta também é capaz de exibir formas de onda em sua tela.

Essa função é bastante útil na verificação de sinais de funcionamento de sensores, sinais de rede e controle de atuadores.

Vejam duas aplicações, a primeira na análise do sensor de bateria, que utiliza rede LIN como forma de comunicação.

A segunda aplicação diz respeito a verificação do sinal do sensor de fase (CMP) a fim de conferir se o sensor está emitindo o sinal como também se a forma de onda é igual a original do veículo sob análise, neste caso é fundamental ter uma forma de onda de referência.

A figura a seguir apresenta a aplicação da ferramenta em conjunto com a literatura técnica.

Espero que as estratégias utilizadas aqui sejam úteis para você amigo reparador e que você possa aplicá-las na sua oficina e realizar diagnósticos rápidos e assertivos.

Bons estudos!

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