Evolução das baterias: o que mudou com a chegada das caixas de estado?

Atualizado em 24 de abril de 2021

Neste texto, explicamos os benefícios trazidos pela evolução das baterias e dos sistemas de carga e partida automotivo

Certamente uma das maiores e mais interessantes aplicações da eletrônica se encontra na indústria automotiva. Montadoras têm investido muito no setor com o propósito de equipar seus veículos com o que há de mais moderno em sistemas eletrônicos, a fim de proporcionar conforto, segurança e entretenimento aos clientes.

Neste cenário, o sistema de carga automotivo vem sendo constantemente aprimorado para fornecer mais quantidade de energia aos diversos componentes eletroeletrônicos, ao mesmo tempo que busca manter o funcionamento regular do veículo. Uma das mais importantes inovações neste sistema foi a inclusão da caixa de estado da caixa de bateria.

Essa tecnologia consiste, basicamente, em um sistema eletroeletrônico que calcula o estado de carga da bateria, por meio da medição da tensão e da corrente. Além disso, o estado de caixa também é capaz de determinar a temperatura interna da bateria e transmitir informações ao módulo de controle da carroceria.

Com essas informações, o módulo de carroceria faz a gestão da energia elétrica ativando o modo de “economia de energia” quando necessário. As situações específicas desse funcionamento ocorrem, por exemplo, com o veículo desligado (em repouso). Neste modo, as funções elétricas não permanentes são desativadas independente da posição da chave de contato. Só as seguintes funções continuam autorizadas quando a bateria do carro está no modo economia:

  • Pisca alerta;
  • Alarme;
  • Trancamento centralizado;
  • Buzina;
  • Setas;
  • Lampejo dos faróis

Confira os principais componentes do sistema de carga automotivo e os devidos posicionamentos:

01- Caixa de estado de carga da bateria
02 – Bateria
A – Terminal de fixação do cabo de massa
B – Conector elétrico 2 vias
C – Rede LIN
D – Tensão +BAT (protegido por um fusível)

A caixa de estado de carga da bateria está localizada no borne negativo da bateria, conforme mostra a figura.

Funções integradas à caixa de estado da bateria:

Autodiagnóstico: permite identificar eventuais defeitos internos informados pelos captores e eletrônica interna.

Memorização corrente mínima consumida: detecta um consumo anormal e permanente na rede 12V quando o veículo está em espera (dormindo) ou com a rede LIN adormecida.

Detecção de passagem de limite de carga da bateria: desperta o módulo de carroceria na hora da passagem de um limiar de descarga da bateria no sentido decrescente, por patamares de porcentagem e permite ao módulo memorizar o contexto associado à descarga da bateria quando o veículo está em espera (rede dormindo).

Intervenções e cuidados no sistema de carga automotivo

Para o bom funcionamento do sistema, algumas reparadoras também aconselham seus clientes. Estas são dicas do técnico em manutenção automotiva, Laerte Rabelo, a serem seguidas nos seguintes casos:

  • Em caso de troca de bateria, conservar as mesmas características que a bateria original;
  • No caso de desmontagem da BECB, não utilizar chave de fenda ou qualquer outra ferramenta como alavanca;
  • No caso de desligamento e religamento da BECB, deixar a bateria por um tempo pré-determinado em repouso (mínimo de 4 horas). Isso é necessário para que a medida do estado de carga esteja numa precisão nominal;
  • No caso de conexão de um carregador de bateria externo ou cabos de partida auxiliar (chupeta), é preciso conectar imperativamente a parte do cabo de massa, prensado na saída da caixa de estado de carga da bateria (ou na porca de massa da caixa).

Atenção! O imperativo não pode ser conectado no borne negativo da bateria. Além disso, a conexão do cabo auxiliar deve ser feita após a caixa de estado de carga da bateria.

Essa precaução garante a inicialização correta do parâmetro e do “estado de carga da bateria”. Vale lembrar que é sempre importante seguir as instruções contidas nos manuais. Isso faz com que os reparadores possam executar os procedimentos corretos de intervenção ou verificação dos parâmetros, com o objetivo sempre de atingirem diagnósticos mais assertivos e eficazes.

Texto produzido por Laerte Rabelo, técnico em manutenção automotiva.

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